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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Uma visão geral da educação no mundo e no Brasil atualmente


 Autor: Professor Adilson Bauer Silva, graduado em Geografia e pós-graduado em Metodologia do Ensino em Geografia e História.

            Como estudamos na aula anterior, ver crianças e adolescentes indo para a escola se tornou parte de nosso dia-a-dia somente a partir do século XX. Antes disto, a educação era uma exclusividade das classes mais abastadas, ou seja, apenas uma pequena parcela da população tinha acesso aos estabelecimentos de ensino. Raras exceções fugiam desta “regra”. Atualmente, a maioria dos jovens frequentam ou frequentaram a escola. O problema encontra-se agora na desigualdade de condições de acesso e permanência, principalmente após os primeiros anos do ensino fundamental.

Países ricos e países pobres

            A desigualdade existente entre as nações do planeta pode ser observada diretamente na educação. Quanto mais rico for um país, mais tempo na escola suas crianças e seus adolescentes permanecerão. Sendo que um período maior na escola proporcionará mais possibilidades de aprendizado. E, ao concluir o ensino básico, estes jovens terão oportunidades melhores na vida profissional e no ensino superior.

            O oposto disto ocorre nos países pobres. Sem conseguir oferecer um ensino de qualidade a seus cidadãos, estas nações também não têm potencial para atrair investimentos. Infelizmente, é um ciclo vicioso!

            Nos países ricos, os alunos permanecem mais de cinco horas por dia durante, pelo menos, dez anos na escola. Já nos países mais pobres, grande parte aprenderá somente a ler, escrever e realizar as operações básicas e muitos nunca terão a chance de estudar.

A educação no Brasil

            Você já deve ter percebido que em nosso país a educação é prioridade apenas nos discursos políticos. Além da desigualdade nas condições de acesso e permanência, o Brasil foi um dos últimos países a possuir universidades no Continente Americano, por exemplo. Até a metade do século XX, uma grande parcela da população brasileira ainda era analfabeta. Nas décadas de 1980 e 1990, concluir o ensino médio consistia no sonho de muitos brasileiros. “Ir para a faculdade” ou “entrar na universidade” fazia parte das expectativas de poucas pessoas (para ser mais preciso, de menos de 3 a cada 100 brasileiros). É verdade que a partir do final dos anos de 1990 as previsões começam a melhorar.

Em dezembro de 1996, o Governo Federal aprovou uma nova lei para educação no Brasil. E com ela inicia-se um período de ampliação massiva do acesso à educação, milhares de vagas foram abertas desde então. Em seguida foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com o objetivo de conduzir o processo de ensino-aprendizagem no país. O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) – criado em 1985 – ganha força e todo ano passa a distribuir milhões de exemplares aos alunos da rede pública. Já no século XXI, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) torna-se uma fonte importantíssima de recursos para escolas e professores. E recentemente, elaborou-se uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que substitui os PCNs.

Brasil: acesso, qualidade e permanência

            Se por um lado o acesso à educação no Brasil pode ser considerado amplo, ou seja, atingindo quase que a totalidade dos jovens. Por outro, muitas vezes, a qualidade da educação ofertada deixar a desejar. Entre os fatores que agravam este cenário, podemos destacar a falta de investimentos na conservação e manutenção dos prédios, os baixos salários recebidos pelo educadores, a falta de modernização (no sentido de disponibilidade de internet, projetores ou televisões, computadores ou tablets para os discentes ) e também o desinteresse  de grande parte dos alunos pelo temas trabalhados na escola.

            Em relação a permanência, uns dos problemas enfrentados pela educação brasileira trata-se a evasão escolar (popularmente, o abandono dos estudos ou da escola). A maioria dos adolescentes que desistem de ir à escola por um destes por três motivos: 1) necessidade de trabalhar para sobreviver; 2) lacunas na aprendizagem que resultam em seguidas reprovações, e; 3) simplesmente a falta de interesse.


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Cuidar do Próximo em Tempos de Pandemia


 Autor: Professor Adilson Bauer Silva, graduado em Geografia e pós-graduado em Metodologia do Ensino em Geografia e História.

            Como você já deve ter percebido, estamos vivendo tempos atípicos[1]. As escolas estão fechadas, há um número menor de pessoas circulando pelas ruas, todos têm de usar máscaras, o comércio estava quase completamente fechado até algumas semanas atrás. Mas o que exatamente está acontecendo?

            Segundo órgãos e organizações ligadas à saúde, estamos enfrentando uma pandemia. Esta não é a primeira pela qual a humanidade passa. E, para a nossa tristeza, provavelmente não será a última também. Mas o que é uma pandemia?

            Pandemia é quando uma doença transmissível[2] (geralmente causada por vírus) se propaga muito rapidamente atingindo um grande número de pessoas, em pouco tempo e por todo o planeta. Uma doença também pode provocar surtos, endemias e epidemias. Estas últimas, as epidemias, acontecem quando uma doença se espalham por um país[3] ou uma região e, às vezes, quase atingem um continente inteiro.

            A pandemia que estamos enfrentando é causada por um Coronavírus, mais precisamente o SARS-CoV-2[4]. Ele dá origem a uma doença chamada de COVID-19, que pode levar a complicações respiratórias (podendo gerar uma pneumonia e, em casos mais graves, levar a morte). Surgiu na China e se espalhou pelo mundo em apenas três meses depois de ser descoberta. Mas por que isso aconteceu?

            Existem várias maneiras de uma doença transmissível se espalhar. Porém, assim como a gripe (influenza comum ou H1N1), o Coronavírus se propaga através de gotículas[5] de saliva ou muco que saem do corpo quando alguém fala, tosse, espirra ou, simplesmente, respira. Estas gotículas contaminadas ficam pelo ar ou em superfícies próximas. Quando uma outra pessoa respira este “ar contaminado” ou toca nessas superfícies, e após isto coloca as mãos nos olhos, na boca ou nariz, ela poderá contrair o vírus e, por consequência, desenvolver a doença. Sendo este o jeito mais fácil de uma doença ser transmitida.

E como podemos cuidar do próximo nesta situação?

            O primeiro cuidado que devemos ter é evitar o máximo possível situações aonde poderemos nos contaminar. Ou seja, só saia de casa se for realmente necessário. Mas por que isso é importante? Evitando “pagar” o vírus, você também evitará espalhar ele, principalmente para sua própria família. E se mesmo assim você se contaminar?

            Caso você se contamine, faça de tudo para não contaminar outras pessoas. É uma questão de ética e de cidadania. Isto vale para a COVID-19 e para qualquer doença transmissível, desde uma gripe, resfriado ou até mesmo o HIV.

            E, por fim, mantenha contato. O ser humano é um ser social, ele necessita interagir com seus semelhantes. Converse com sua família e, se possível, com seus amigos e colegas. Hoje em dia não é preciso sair de casa para “falar” com outras pessoas. A internet possibilitou uma comunicação quase que instantânea com qualquer parte do mundo, use-a.



[1] Atípicos: que estão fora da normalidade.

[2] Que se pode transmitir/passar.

[3] O Brasil, por exemplo, já passou por várias epidemias como de Dengue e Meningite.

[4] Este número 2 no final indica que ele é o segundo deste “tipo” de vírus que pode infectar seres humanos.

[5] Gotas muito pequenas.

domingo, 2 de agosto de 2020

Coronavírus, arma biológica ou evento natural?

Saudações, mentes ávidas do amanhã!

Resisti um pouco a realizar algum trabalho com base em tudo que está acontecendo no mundo, mas vejo agora um cenário um pouco mais claro e capaz de organizar melhor alguns acontecimentos que segundo minha humilde opinião são importantíssimos para entendermos a situação como um todo. Trarei um pequeno apanhado histórico da gripe espanhola que foi um evento pandêmico muito semelhante, mas com algumas diferenças interessantes sobre a atuação do vírus, que nos leva a cogitar alguma origem além da natural, mas o que me interessa é expor ideias e permitir que os amigos possam avaliar e tirar suas próprias conclusões sobre tudo.

Gripe espanhola

Atingiu o mundo entre os anos de 1918-1919, afetava principalmente jovens e foi causada por uma cepa do vírus influenza A subtipo da H1N1. Recebeu este nome, pois a Espanha era um país neutro durante a Primeira Guerra Mundial e seus jornais divulgavam todas as informações ocorridas no país, enquanto os demais países envolvidos no conflito censuravam seus jornais. O primeiro caso conhecido foi no Estados Unidos, no Texas em 1918, chegou na Europa em abril no mesmo ano com a entrada dos Estados Unidos na Guerra,  sua primeira onda acabou em agosto do mesmo ano, iniciando-se a segunda onda que afetou a Ásia, a terceira onda foi de fevereiro de 1919 até maio. Sua virulência foi avassaladora, não se tem exatidão no número de mortos, pois as melhores matérias especificam que morreram entre 20 a 40 milhões de pessoas em todo o mundo, mais que o dobro que a Primeira Guerra Mundial que ceifou cerca de 15 milhões e vidas. O Brasil não ficou incólume ao problema, trazida por marinheiros que combatiam em Dacar no Senegal rapidamente se espalhou, levando em todo período pandêmico 35 mil pessoas a óbito em nossas terras (nossa população era de 28 milhões na época).

Sintomas da gripe espanhola

Dores musculares e nas articulações, intensa dor de cabeça, insônia, febre acima de 38º, cansaço excessivo, dificuldade para respirar, sensação de falta de ar, inflamação da laringe, faringe, traqueia e brônquios, pneumonia, dor abdominal, aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos, proteinúria, que é o aumento da concentração de proteína na urina, nefrite. Podiam apresentar manchas marrons no rosto, pele azulada, tosse com sangue e sangramentos pelo nariz e orelhas, e em alguns casos afetava o sistema nervoso central.

SARS-CoV-2

            O primeiro caso constatado de Covid-19 foi na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019. A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais, mas é raro a transmissão interespécies.

Na maioria das vezes o vírus ataca o sistema respiratório, mas também pode afetar rins, fígado, coração e praticamente todos os sistemas do organismo, o que diferencia em muito de outros coronavírus. Um dado mais estranho é que está fazendo nossos cientistas pisarem em terreno desconhecido é o fato de  cerca de 50% das pessoas acometidas pela SARS-CoV-2 apresentam quadros de encefalopatia (doença neurológica), foram constatados em vários pacientes, normalmente acompanhados de sintomas como dores de cabeça, perda de olfato (anosmia) e sensações de formigamento, afasia (incapacidade de falar), derrames, convulsões,  confusão e delírios.

Outra característica peculiar do vírus é que em alguns casos ele causa hipóxia silenciosa o que é outro mistério. Nosso sangue normalmente apresenta níveis de saturação de oxigênio de cerca de 98%. Qualquer coisa abaixo de 85% pode nos fazer levar à perda de consciência, coma ou até morte. Mas um grande número de pacientes com Covid-19 apresentam níveis de saturação de oxigênio abaixo de 70%, mesmo abaixo de 60%, mas permanece totalmente consciente e cognitivamente funcional.

Alguns especialistas acreditam que o vírus possa invadir o sistema nervoso, mas outros acham que os sintomas neurológicos são consequências da hipóxia, pois a falta de oxigênio no sangue pode levar aos sintomas advindos de tal situação. Em alguns pacientes o vírus foi encontrado no líquido cefalorraquidiano o que indica que é possível que rompa a barreira hematoencefálica e invada o cérebro. Essa característica da Covid-19 se assemelha com a da gripe espanhola que deixou várias pessoas com problemas no sistema nervoso central.

Evento natural ou artificial?

            Por coincidência a cidade de Wuhan na China, possuí um instituto de virologia o WIV, cientistas deste laboratório alertaram os Estados Unidos em 2018  sobre o fato dos sistemas de segurança usados em seus laboratórios serem precários. O vírus pode ter sido solto acidentalmente e ter se espalhado no mercado  de Huanan na cidade de Wuhan.

            O vencedor do prêmio Nobel de medicina de 2008 pela descoberta do vírus HIV em 1980, o francês Luc Montagnier acredita com base em seus estudos que a SARS-CoV-2 foi criada em um laboratório de Wuhan como parte de pesquisas chinesas em busca da cura para a AIDS. O vírus causador da Covid-19 possuí sequências genéticas do vírus HIV, algo que segundo Luc Montagnier só pode acontecer em vírus manipulados por ferramentas de laboratório criadas pelo homem.

            Em nível de uma análise especulativa, podemos mostrar que os Estados Unidos possuem um longo histórico que terem usados armas biológicas em seus diversos conflitos ao longo da história, desde a Segunda Guerra mundial contra soldados japoneses, passando pela Guerra da Coreia ao Vietnã, e poderia ter sido usado na China para prejudicar a economia do pais, mas o problema teria saído do controle e afeto o próprio Estados Unidos. Do outro lado a própria China tem sido acusada de ter espalhado o vírus para prejudicar a economia mundial e alavancar sua própria. O epidemiologista estadunidense Larry Brilliant pede para que a China seja transparente e permita investigações internacionais para evitar as suspeitas fundamentadas de que o vírus foi criado em laboratório.

            Um outro estudo publicado na revista Nature Medicine, feito por pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Austrália constataram que o vírus se desenvolveu de forma natural como parte de um processo evolutivo, só não sabem ainda se a mutação que o tornou mais agressivo se deu ainda em animais ou somente quando passou para seres humanos. Mas saliento que este estudo não descarta o fato do mesmo poder ter sido acidentalmente liberado pelo péssimo sistema de contenção dos laboratórios em Wuhan.

            Quero deixar claro para meus amigos leitores que diversos sites com matérias que mostravam indícios que a SARS-CoV-2 teria sido criado em laboratório foram retirados do “ar” ou tiveram seus resultados de busca omitidos do Google e outros buscadores, o motivo seria evitar pânico ou ocultar a verdade?

            Lembrando ainda que por incrível que pareça armas biológicas são baratas se comparadas as armas convencionais e possuem ainda o horrendo benefício de eliminar somente pessoas deixando toda a estrutura física dos países intactas, além abalar as bases econômicas das nações deixando brechas para a dependências de outras mais poderosas ou menos afetadas pela pandemia. A verdade é que a origem da SARS-Cov-2 está longe de ser esclarecida principalmente por culpa das autoridades chinesas que estão obstruindo o acesso das demais nações a realizarem uma investigação no foco de origem que foi na cidade de Wuhan e abrir os arquivos de pesquisas realizados nos laboratórios de pesquisas presentes na região.

Segundo o médico sanitarista Luiz Jacintho da Silva  da Universidade Estadual de Campinas, qualquer agente biológico pode ser usado como arma. O B. anthracis, o vírus da varíola, a Yersinia pestis e a toxina do Clostridium botulinum podem ser considerados os "clássicos" das armas biológicas. Desses, dois já foram sérios problemas de saúde pública, o vírus da varíola e a Y. pestis (Anonymous, 2000; Osterholm, 2001). No século XX, a guerra biológica ganhou foros de ciência. Durante a I Guerra Mundial, os alemães desenvolveram e empregaram diversas armas biológicas, mas o impacto dessas não é conhecido (Christopher et al., 1997). Mais recentemente, durante a II Guerra Mundial, tanto os exércitos aliados como os do Eixo, empreenderam pesquisas com o intuito de desenvolver armas biológicas. Até onde é possível saber, apenas os japoneses, durante a ocupação da China, teriam empregado armas biológicas em maior extensão (Christopher et al., 1997, Osterholm, 2001). Na segunda metade do século XX, durante a guerra fria, os Estados Unidos e a então União Soviética, sem dúvida se valendo da experiência acumulada de japoneses e alemães, implantaram projetos para o desenvolvimento de armas biológicas, da mesma maneira que o Canadá e o Reino Unido. Em 1972, o tratado sobre armas biológicas e tóxicas foi assinado e ratificado por diversos países, mas não todos. Apesar da existência do tratado, pelo menos dez países teriam mantido e expandido seus programas de desenvolvimento de armas biológicas (Lancet, 2001; Osterholm, 2001).

Nossa história mostra que nada impede que a SARS-CoV-2 possa supostamente ter sido liberada acidentalmente, mas não o sendo, para gerar um caos global do qual o pais de origem tenha sido o menos afetado, algo muito estranho se levarmos em consideração que o foco original de uma doença normalmente é onde ela é mais avassaladora. Somente 4.634 chineses morreram da Covid-19, enquanto nos Estados Unidos uma nação de primeiro mundo com todo o preparo técnico e um povo esclarecido já perdeu 156.744 de seus cidadãos abatidos por este peculiar e danoso vírus. Deixo estas questões para apreciação de suas mentes ávidas do amanhã.

 

Você quer saber mais?

Scielo

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2001000600023

Universidade Federal de Santa Maria

https://www.ufsm.br/midias/arco/mitometro-coronavirus-foi-criado-em-laboratorio-por-chineses/

Atlas FGV

https://atlas.fgv.br/verbetes/gripe-espanhola

Tua Saúde

https://www.tuasaude.com/gripe-espanhola/#:~:text=Ap%C3%B3s%20algumas%20horas%20de%20surgimento,sangramentos%20pelo%20nariz%20e%20orelhas.

Ministério da Saúde

https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca

BBC Brasil

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-53173760

https://www.bbc.com/portuguese/geral-52506223

 

 

 


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Palestina: O Holocausto Invisível!




Escrito por Mary Sparrowdancer.
Traduzido por Antonio Celso Barbieri.
Ao celebrarmos 40 anos da “ocupação” militar ilegal de lares e terras Palestinas, talvez seja o momento para o mundo dar uma boa olhada em Israel e seu campo experimental de guerra que, se faz de estado religioso precisando de proteção. O mundo inteiro tem até medo de questionar as atividades do estado de Israel ou, fazê-lo prestar contas perante as leis internacionais de proteção aos direitos humanos. Já é tempo do mundo passar algumas horas com os refugiados palestinos invisíveis. Os palestinos são uma nação de vítimas. Uma nação, quase por 60 anos, brutalmente “ocupada” contra a sua vontade e transformada num Holocausto Zionista até o presente.
“Ocupação” é uma palavra higiênica que, parece que ninguém quer questionar ou importar-se. A verdade é que a palavra “ocupação” ou “terra ocupada” não serve nem para começar a contar a história total do que foi feito contra os palestinos. Para que possamos melhor compreender este assunto, precisamos voltar até o ano de 1948, o ano em que Israel declarou-se um estado dentro da nação Palestina e depois, retroceder ainda mais no tempo para ver como tudo isto foi orquestrado.
Entretanto, primeiro imagine Católicos Romanos ou Batistas Sulistas declarando-se como sendo um estado dentro dos Estados Unidos, no qual eles apenas reconhecerão os direitos humanos dos membros da sua religião, tomarão posse dos direitos pertencentes à outros sobre casas, terras, pomares, propriedades e água e depois, seus residentes que moravam dentro e em torno deste novo estado criado sejam expulsos com uso de força. Uma situação como esta nunca seria permitida nos Estados Unidos porque é uma situação claramente ilegal.
A criação de um país para os Zionistas não aconteceu do dia para a noite. Israel não passou à existir subitamente em 1948. Na verdade, seu planejamento foi, na Inglaterra, rascunhado e aperfeiçoado em vários documentos desde o começo de 1900. Em 2002 numa entrevista concedida à BBC News, Jack Straw, o prévio Secretário do Exterior, culpou o “passado imperial britânico” pelo presente conflito Árabe-Israelense.
Foi em 1917 através da “Declaração de Balfour” que a Inglaterra “deu” a terra dos palestinos para os Zionistas. (1) (2)
Poderíamos dizer que Israel nasceu como resultado de explosivos. No começo de 1900, o doutor Chaim Weizmann descobriu um jeito de usar fermentação industrial para fazer um explosivo chamado cordite (também conhecido como “pólvora sem fumaça”). Esta descoberta provou ser de uma ajuda imensa para os esforços de guerra e, quando Chaim Weizmann foi perguntado de que forma ele queria ser compensado pelos serviços prestados ao Reino Unido respondeu “Existe somente uma coisa que eu quero, uma nação para o meu povo”. Ele queria especificamente a Palestina. Logo depois, a Declaração de Balfour seria escrita e o Doutor Weizmann acabaria eventualmente sendo o primeiro presidente do novo estado chamado “Israel”. (3)
Com a Declaração de Balfour, uma nação prometeu à outra nação que ainda não existia uma terra que já era habitada por uma terceira nação. Esta terceira nação não foi consultada. Balfour mais tarde escreveria “na Palestina nós não consultamos e nem fizemos algum tipo de plebiscito para saber o desejo dos habitantes deste país” e mais tarde escreveu sobre a Palestina “O Zionismo, seja certo ou errado, bom ou ruim, esta arraigado numa tradição muito antiga, nas necessidades presentes, nas esperanças futuras, de muito maior importância do que os desejos e preconceitos dos 700.000 árabes que agora habitam esta terra antiga”.
Lorde Balfour com seus preconceitos pessoais, colocou a caneta no papel e arruinou a vida do o que são hoje milhões de seres humanos. Ele aparentemente falhou em não perceber que muitos palestinos tinham vivido na Palestina, nas suas terras ancestrais, por 1.000 anos ou até mais. Dando os lares ancestrais dos palestinos para os Zionistas e Judeus vindos dos outros países, dando aos Judeus imigrantes uma casa nova se desejassem, tornou todos os palestinos em refugiados em sua própria terra. A revolta e desespero em relação à uma atitude tão desumana resultou em 60 anos de violência através da Palestina. Violência esta que o mundo não sabe nada à respeito porque o problema palestino continua grandemente invisível para nós. (4)
Depois de Israel em 1948 ter declarado-se um estado dentro da Palestina e o conseqüente conflito que se seguiu, o Conde Folke Bernadotte, um diplomata suíço, foi enviado para tentar estabelecer normas de justiça que resultasse em paz para a região. Isto é o que Bernadotte disse sobre Israel: “Um estado judeu chamado Israel existe dentro da Palestina e não existe boas razões para assumirmos que ele continuará a existir.” Ele então criou um plano que limitaria as fronteiras entre Israel e Palestina e que também permitiria que os refugiados palestinos que fugiram dos militares israelense bem armados, retornassem para suas casas. Depois de escrever o plano, o Conde foi emboscado e assassinado pelos revoltados terroristas Zionistas. (5)
Muito do que tem acontecido no Oriente Médio tem sido censurado pela imprensa controlada pelo estado. A censura tem sido pesada e, a verdade raramente achou caminho até o público. Por causa disto, foi inevitável que alguns jornalistas frustrados se reunissem e criassem uma imprensa professional e independente chamada Al-Jazeera onde pudessem mostrar o que eles estavam observando sem nenhuma censura. Al-Jazeera não busca aprovação dos Estados Unidos, Israel ou Inglaterra antes de publicar suas matérias, comentários e documentários. Ela tem apresentado uma grande quantidade de material fotográfico cobrindo a agressão militar dos Estados Unidos e Israel. Este material é tão embaraçoso que os escritórios árabes e viaturas da Al-Jazeera, muito embora sejam claramente marcados e pintados, tem sido bombardeados e metralhados pelos aviões Norte Americanos e tanques Norte Americanos e Ingleses. (6) (7) (8)
Na Al-Jazeera, num recente debate no seu programa Inside Story, centrado num “relatório condenatório” escrito pela Anistia Internacional relativo aos 40 anos de ocupação militar ilegal da Palestina, a Anistia relatou uma grande quantidade de violações de direitos humanos assim como, violações de leis internacionais cometidas por Israel. No programa, o jornalista da Al-Jazeera, Darren Jordan perguntou: “Porque a comunidade internacional não faz mais para ajudar a terminar com todo este sofrimento?” Infelizmente a simples resposta foi de que, na maior parte, a comunidade internacional não sabe nada à respeito do sofrimento porque, a maioria dos países estão recebendo informação através de uma imprensar controlada pelo estado. Nos não temos recebido notícias corretas sobre Israel por quase 60 anos. (9)
Nenhuma das TVs controladas pelo governo tem apresentado uma imagem justa do conflito Zionista/Israelense mostrando um visão honesta da invasão militar da Palestina. Esta informações não tem aparecido na imprensa pelos simples motivo de que Israel não deseja que a comunidade internacional fique sabendo o que eles andam fazendo contra o povo palestino.
Os “invisíveis” palestinos não estão protegidos dos militares israelenses nem mesmo dentro dos campos de refugiados palestinos.Muitos dos palestinos não possuem casas, vidas normais, direitos, existência protegida, voz ou lugar para ir. Eles são algumas vezes, nas inúmeras barreiras e pontos de controle dentro de suas comunidades, despidos completamente e forçados a caminhar nus na frente dos soldados israelenses e qualquer um presente, incluindo sua família, vizinhos e desconhecidos. Eles são forçados a carregar Papeis de Identificação o tempo todo para que possam passar de uma barreira à outra dentro da sua própria terra. As vezes eles são detidos por muitas horas. Eles são forçados à submeterem-se à autoridade israelense sem nenhum direito de defesa. Eles são publicamente espancados, alvejados e aterrorizados. Por quase 60 anos eles tem esperado que alguém os escute e ajude mas, os israelenses tem recebido apoio para continuar seu abuso dos direitos humanos sem receber nenhuma oposição das nações que os apoiam. (mais notadamente os Estados Unidos).
Todo este tempo, o mundo, através da imprensa mundial, tem sido levado à acreditar numa idéia de que os palestinos não são confiáveis. Nós nunca escutamos à respeito do contínuo assassinato feito por Israel de crianças e civis desarmados.
Nota do tradutor: Esta matéria foi escrita antes deste recente ataque ao Estreito de Gaza, onde com a existência da Al-Jazeera e da imprensa livre online não há mais como esconder mais este genocídio da população civil palestina.
Nós escutamos pouco sobre as muralhas, cercas eletrificadas e de arame farpado que os israelense estão construindo ou instalando numa terra que não lhes pertence, muitas vezes isolando os fazendeiros das suas próprias terras de cultivo. Nós não ouvimos sobre o bombardeamento e destruição por Israel de bairros inteiros usando tratores, tanques, bazucas, jatos F16 e os helicópteros Black Hawk.Em vez disto, nós ouvimos falar dos “homens bomba suicidas palestinos” com tanta intensidade que, hoje em dia a própria palavra “palestino” é sinônimo de “terrorista”. É importante lembrar que primariamente os palestinos estão armados apenas com pedras e estilingues. Talvez, também fosse importante ter-se em mente que “suicídio” é sempre um ato de desespero. Já é tempo de nos perguntarmos o que tem causado um desespero tão horrível que leve ao suicídio. (10) (11) (12) (13)
Jornalistas independentes estão arriscando suas vidas para criar documentários para que possamos ver com nossos próprios olhos o que a imprensa comprada não nos permite ver. Estes jornalistas estão gravando em vídeo tapes o que está acontecendo nas terra ocupadas por Israel e, também em outros países onde Israel, Estados Unidos e aliados estão invadindo e bombardeando lares e terras que pertences à cidadãos de outras nações, matando e ferindo civis desarmados. Agora, podemos assistir filmagens atuais do que está acontecendo e, depois de muitos anos de mentiras, nós podemos finalmente nos perguntar quem são realmente os terroristas.
Depois de passar algum tempo com os palestinos nos vídeos abaixo, imagine-se junto com a população, a maioria totalmente desarmada usando apenas as pedras e estilingues já mencionados, correndo, fugindo de tanques e outros veículos militares metralhando e despejando balas de canhão dirigidas aos prédios, lojas, barracas de frutas e povo.
A população de refugiados correndo onde muitos podem ser vistos carregando com eles sacolas de pão. Trata-se de uma visão difícil de esquecer. Ver o povo agarrado às suas sacolas de pão fugindo dos soldados Zionistas sugere que estes refugiados estão correndo com a esperança de que possam viver o suficiente para poderem fazer a sua próxima refeição.
Neste dia em particular, no vídeo abaixo, durante as filmagens uma criança de 6 anos não teve tanta sorte. Ela não viverá para poder ter a próxima refeição com sua família. Ela acompanhou seu pai até a padaria e esperou dentro do carro enquanto seu pai entrou na padaria para comprar o seu pão diário. Enquanto a criança esperava ela foi atingida por um tiro no peito e outro no estômago. Imagine-se como se sentirá um pai saindo da padaria e, encontrando seu filho que um minuto atrás, estava vibrante e cheio de vida, agora morrendo. Imagine-se carregando esta criança até o hospital numa tentativa inútil para salvar esta vida inocente. Imagine-se voltando para o seu carro para encontrá-lo todo ensangüentado com o sangue do seu filho morto. O pão ainda continua em cima do capô do carro no mesmo lugar onde você deixou.
Por favor, enquanto assistir este vídeo tenha em mente que o governo israelense estava “invadindo” Jenin quando estas atrocidades aconteceram. Israel não tem direitos legais para ocupar estas terras palestinas, usar munição contra refugiados nem tem direito legal para aterrorizá-los, criar “toque de recolher” assim como humilhá-los horrendamente. Também, tenha em mente que aqueles que defendem Israel insistem que não existe nenhum Holocausto acontecendo na Palestina.
O caminho para a paz na verdade é muito simples, até uma criança poderia entendê-lo e memorizá-lo. Um homem de paz que amou os palestinos o suficiente para andar entre eles, um homem de dignidade que chamava-se Jesus, um dia resumiu a coisa desta forma:“Ame uns aos outros da mesma forma que eu amo vocês.”

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

As Origens das Mil e Uma Noites



Eternas, as histórias das Mil e Uma Noites se espalharam por todo o mundo, sendo contadas para crianças e adultos através dos séculos. A trama é sobre o sultão Shariar, que, após descobrir a traição da mulher, decide casar-se cada noite com uma jovem diferente, mantando-a ao amanhecer. Tal condenação só é desfeita quando Sherazade, a impetuosa filha do grão-vizir, se oferece como noiva do sultão e faz com que as noites se multipliquem ao inebriar o marido com suas histórias envolventes.

É problema altamente controvertido a origem das Mil e Uma Noites. Massudi, que viveu no século XI e foi um dos escritores mais viajados do seu tempo, afirmou que as Mil e Uma Noites foram tiradas do persa HEZAR AFSANEH [mil histórias].

Está última obra, segundo se afere de uma referência que a ela faz Firduzzi, no prefácio de SCHANAMEH [livro dos reis], é atribuída a um poeta persa, Rasti, que teria vivido na segunda metade do século X. E, assim, o erudito Massudi parece estar com a razão, pois as duas heroínas principais das Mil e uma Noites, Sherazade e Dinazade estão com seus nomes persas nas páginas famosas de HEZAR AFSANEH.

Mas os persas, de acordo com a opinião de Clemente Huart, foram colher na Índia, o enredo dos principais contos que figuram no famoso Hezar Afsaneh.

O orientalista e historiador alemão Gustavo Weill (1808-1889), que professor de línguas orientais em Heidelberg, afirma que os contos árabes das Mil e uma Noites diferem totalmente das primitivas  formas indiana e persa.

A difusão extrema desses contos no espaço e no tempo – universidade – imortalidade – decorrem de condições que merecem ser frisadas. São fundamentalmente obra de imaginação e inocência.

Antonie Galland

OQUE CONTÉM AS MIL E UMA NOITES

O verdadeiro livro das Mil e Um Noites, na sua forma completa, não é obra cuja leitura possa ser aconselhada para crianças ou adolescentes. É um livro profundamente contraindicado sobre vários aspectos, pois muitos dos seus contos foram imaginados com a finalidade exclusiva de divertir adultos.

Este livro, que a saudosa poetisa Cecília Meireles considerava glorioso, encerra em suas páginas sermões bem graves: erros e anacronismos.

Quando observado numa tradução, não escoimada da parte obscena, vamos encontrar na imensa cadeia das Mil e uma noites:

Ø  Contos maravilhosos e de aventuras;
Ø  Contos de amor e intrigas de namorados;
Ø  Romances de viagens;
Ø  Aventuras de cavalaria e guerra;
Ø  Lendas fantásticas cheias de crueldades;
Ø  Cenas de zombaria contra judeus e cristãos;
Ø  Contos do gênero policial;
Ø  Anedotas brejeiras e pornográficas;
Ø  Episódios fantásticos e obscenos;
Ø  Lutas religiosas;
Ø  Parábolas e apólogos;
Ø  Fábulas;
Ø  História de erudição (até com problemas de matemática).

E todos os enriquecidos por delicados trechos poéticos nos quais transparece a beleza, a suavidade e o encantamento dos versos árabes.


Rainha Xerazade pintada no século XIX por Sophie Anderson.

FONTES DAS MIL E UMA NOITES

Em muitos livros de histórias em séries os árabes foram buscar inspiração para os seus contos maravilhosos. Poderíamos citar os seguintes:

v  Mahabharata: poema escrito em sânscrito.
v  Ramayana: poema indiano de origem muito remota.
v  Dasa-Koundra: (Aventura de dois adolescentes). Livro muito popular na Índia.
v  Katha-Sarit-Sagara: (Oceano infindável de histórias). Contos copilados por Samodéva.
v  Tutinamesh: (Contos de um papagaio). Pequenos apólogos que se afastam muito dos bons princípios morais.
v  Contos de Nang-Trantrai: (Contos da jovem rendeira). Histórias da Índia antiga escritas sob influência das religiões bramânica.
v  Fábulas de Kalila e Dina: que foi traduzido para o português pelo professor Ragy Basile.
v  Hitopadexa: (introdução útil), coleção de fábulas e apólogos morais da Índia. Para este livro há uma excelente tradução de monsenhor Sebastião Salgado.




Sultão  Shariar e Sherazade


DIVULGAÇÃO DAS MIL E UMA NOITES

O orientalista francês ANTOINE GALLAND, tendo tomado conhecimento, em suas viagens a Constantinopla dos contos das Mil e Uma Noites fez deste uma tradução que se tornou obra clássica da literatura francesa. Como agiu Galland para tornar sua tradução interessante e viva?

a)    Aproveitou apenas uma quarta parte dos contos originais. A sua escolha foi recair sobre as lendas mais curiosas e de enredo mais palpitante.
b)    Teve o cuidado de abolir todas as cenas que pudessem ferir os princípios cristãos.
c)    Suprimiu do enredo dos contos todos os versos, poemas e citações poéticas.
d)    Procurou fazer uma tradução que fosse isenta de expressões chulas ou pouco edificantes.

A obra de Galland alcançou, na Europa, um êxito extraordinário, sendo traduzida para vários idiomas. Foi Galland quem teve a glória de tornar o livro das Mil e Uma Noites conhecido no Ocidente. Ele faleceu aos 69 anos, em 17 de fevereiro de 1715.  Além da tradução das Mil e Uma Noites, Galland deixou cerca de 15 obras, algumas das quais de grande valor literário.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

"Os Antigos", a palavra, o ato e a eternidade!



Português
“Se você não tem nada de bom para falar sobre uma pessoa. Não fale nada, pois vivemos somente uma vez nessa terra, e tudo que nela fazemos ou falamos ecoará pela eternidade!”
Inglês

"If you have nothing good to say about a person. Do not say anything , because we live only once on this earth, and all that do it or talk will echo for eternity !"

Francês
"Si vous avez rien de bon à dire sur une personne . Ne dites rien , parce que nous vivons une seule fois sur cette terre , et tout ce qui le faire ou de parler fera écho pour l'éternité !"

Italiano

" Se non hai niente di buono da dire su una persona . Non dire niente , perché viviamo solo una volta su questa terra , e tutto ciò che lo fanno o parlare sarà l'eco per l'eternità ! "


Espanhol

"Si no tienes nada bueno que decir de una persona . No diga nada , porque vivimos sólo una vez en la tierra , y todo lo que lo hace ni hablar haremos eco por toda la eternidad ! "


Alemão

"Wenn man nichts gutes über eine person zu sagen. Sagen sie nichts , weil wir nur einmal auf dieser erde leben , und alles, was sie oder reden tun wird für die ewigkeit echo ! "